terça-feira, 5 de novembro de 2019

Dia Mundial do Judô - 28 de Outubro de 2019



Texto: Judô Rio
Imagem: Youtube




Uma data para ser celebrada. No dia 28 de outubro, é comemorado o Dia Mundial do Judô.

Este ano, a Federação Internacional de Judô promoveu uma campanha pelo plantio de árvores, em homenagem à data.

A FJERJ não ficou de fora e realizou, no último sábado, dia 26, um evento no Núcleo Norte-Fluminense, em Campos dos Goytacazes. Além do plantio de árvores no canteiro do Automóvel Club, alguns professores da região foram homenageados com um certificado. A ação foi uma iniciativa do professor Orlando Júnior, coordenador do núcleo regional Norte Fluminense.

Estiveram presentes, entre outros, o presidente da FJERJ, Jucinei Costa, e o Sensei Shiro Matsuda, primeiro professor do Automóvel Club e que ministrou uma aula durante a celebração.

“O Dia Mundial do Judô é um dia de mobilização de toda a comunidade. E nada melhor do que celebrar lembrando da importância da preservação do meio ambiente. Precisamos ser parceiros do planeta, respeitar o meio ambiente. Muitos dos valores que a filosofia do judô nos ensina podem e devem ser aplicados no nosso dia-a-dia, para que possamos garantir o futuro das próximas gerações. A FJERJ tem muito orgulho de se engajar nessa campanha da Federação Internacional de Judô e da CBJ”, disse Jucinei Costa.

Além da FJERJ, outras federações e a CBJ aderiram ao movimento. A confederação aproveitou o palco da Seletiva Nacional Sub-18, no último domingo, para plantar vinte sementes de Embaúba com a participação dos atletas da seleção Nathália Brígida, Daniel Cargnin e Alex Pombo, ao lado de 17 crianças da escolinha de judô da equipe local Sogipa.

domingo, 2 de junho de 2019

Judô Limpo, Ética e Fair Play




Além de ser uma das mais prestigiosas e universais disciplinas olímpicas, o judô é mais do que esporte - é também uma ferramenta educacional reconhecida e um estilo de vida enriquecido por um código moral e valores éticos que resistiram firmemente à prova da vida.

Fair Play significa jogo justo, jogar limpo, ter espírito esportivo, em português. Fair Play é uma expressão do inglês que significa modo leal de agir. O conceito de fair play está vinculado à ética na prática do esporte e estabelece certa correlação com espírito esportivo. Mas, no judô, a analogia envolve outros conceitos na relação entre os adversários: a cordialidade e a solidariedade.

Constantemente vemos jornalistas e cronistas esportivos enaltecendo um lance ou atitude de fair play. O conceito de fair play está vinculado à ética na prática esportiva, na qual os praticantes devem buscar vencer atuando de forma despojada e íntegra. Praticantes de todas as modalidades também devem empenhar-se para competir cumprindo as regras de conduta fundamentadas nos padrões éticos, sociais e morais.

Fair play tem uma correlação com espírito esportivo, muito pela influência do marketing e da mídia, que pressionam os atletas por melhores resultados, fazendo com que pensem na vitória a qualquer preço, muitas vezes utilizando meios ilícitos, como o doping, a manipulação genética, processos de naturalização, entre outros, quebrando assim os princípios do jogo limpo.

Devido a esses valores e abordagem ética que estão inscritos no DNA do esporte, a Federação Internacional de Judô está totalmente comprometida em lutar contra qualquer tipo de trapaça. Um esporte limpo e justo é importante para promover uma sociedade melhor, que possa oferecer uma direção na vida das gerações jovens. Respeito, honestidade, autocontrole, amizade, cortesia, honra, coragem e modéstia - os oito valores do código moral do judô são ensinados a todos os judocas desde a primeira vez que entram no dojo. Este código é totalmente incompatível com procedimentos que iriam contra o espírito do esporte.

O judô é e sempre será um bastião contra comportamentos ruins e culposos. Qualquer um que desrespeite os valores do Judô será imediatamente e fortemente sancionado.

O doping não tem lugar dentro do mundo do Judô, nem a manipulação da competição ou a manipulação de resultados.

Mas no judô, modalidade esportiva na qual o praticante depende intrinsecamente de seu oponente, o fair play acaba revelando outros contornos na relação e na cordialidade entre adversários. Isto começa na tradição em que ambos se cumprimentam ou reverenciam, antes e após os combates.

É comum ver árbitros auxiliando atletas lesionados na dura tarefa de arrumar o judogi ou a faixa, no fim dos combates. Em outras ocasiões vemos o próprio adversário que, com a autorização do árbitro, toma a iniciativa de ajudar o oponente que, após o comando de matte, deixa de ser adversário para assumir o papel de colega e até mesmo de amigo.

A verdade é que o judô vai muito além do fair play, inspirando-se nos princípios criados por Jigoro Kano. Neste caso específico é o Jita Kyoei que remete à importância da solidariedade humana para o melhor bem individual e universal. Sensei Kano pregava ainda que a ideia do progresso pessoal devia ligar-se à ajuda ao próximo, pois acreditava que a eficiência e o auxílio aos outros criariam não só um atleta melhor, mas também um ser humano mais completo.


Na verdade Kano Shihan criou dois princípios para nortear a prática dos Judoka, bem como para serem aplicados em aspectos diversos da vida: Seiryoku zenyo e Jita kyoei. O primeiro diz respeito a usar nossa energia de modo mais eficiente, evitando desperdícios ou esforços desnecessários; o que leva ao segundo, que diz que os benefícios que possamos obter e as ações que tomamos devem sempre ter em mente a sociedade como um todo (e não nós mesmos), pois isto cria uma sociedade melhor, o que acabará, por fim, beneficiando a nós mesmos.

domingo, 28 de abril de 2019

Judô Infantil e seus benefícios




O Judô, uma das artes marciais mais conhecidas no mundo, está ganhando cada vez mais espaço entre as crianças, a prática do Judô tem aumentado entre as crianças porque é uma das artes marciais preferidas por elas.

O Judô ajuda as crianças a aumentar suas capacidades físicas e psíquicas e imprimem valores importantes como o companheirismo e o respeito pelos demais. E ainda que as crianças possam sofrer algumas lesões próprias do esporte, o Judô é muito mais do que uma arte marcial. Claro que existem muitas alternativas ao Judô e pode optar por qualquer outro esporte que ache indicado, mas…
O Judô infantil oferece vários benefícios para os pequenos, como o desenvolvimento de habilidades físicas e mentais. É um ótimo esporte para uma criança de 4 a 7 anos começar a praticar, ou até mais tarde (quanto mais cedo melhor) e assim ela poder começar a ter alguns valores que não teria tão rapidamente sem a pratica de um esporte. Quanto mais cedo as crianças tomam contato com essa arte marcial, melhor o seu crescimento como pessoa. Possibilitando o aprendizado de valores e princípios próprios do esporte. Por isso essa prática está sendo cada vez mais incentivada.

Inúmeros são os fatores que conduzem a criança à prática do Judô. Muitas vezes atraídas pelos amigos, outras, por recomendação médica, com o objetivo de corrigir problemas clínicos ou neurológicos; e também incentivadas pelos pais, com o intuito de contribuir na formação da personalidade e na continuidade do processo educacional. Enfim, de qualquer forma, há a certeza de todos de que o Judô é uma das atividades de maior reconhecimento no campo pedagógico para a formação do ser.

Especificamente em idade pré-escolar, as crianças estão descobrindo o mundo, seu corpo e suas capacidades. Nesta idade é muito importante a estimulação psicomotora da criança. Através do Judô a criança pode experimentar movimentos novos e diferentes; pode melhorar a coordenação motora; consegue ter um domínio corporal melhor para executar os movimentos e consegue ampliar o seu "acervo" motor com essas experiencias.
Essa possibilidade de conhecer novos movimentos, melhorar a coordenação e explorar o domínio corporal, tem uma influência direta com aprendizado escolar. Geralmente, crianças com bom domínio corporal, boa imagem motora e que exploram suas habilidades corporais, melhoram a sua autoestima, sua autoconfiança e consequentemente isso reflete positivamente no rendimento escolar.

A faixa etária pré-escolar, que pode chegar até os 7 anos, é a idade em que a criança está mais apta para receber e assimilar os estímulos, tanto motores como intelectuais. Por isso crianças que tem estimulação positiva nesta idade, muito possivelmente, serão adultos com bom desenvolvimento motor, dinâmicos, ponderados, sociáveis, enfim pessoas de bom senso. Além disso, o Judô consegue interferir no caráter do praticante, uma vez que esta arte tem sua filosofia voltada para o bem estar físico, mental e social.

O Judô, apesar de ser um esporte de contato, transmite e ensina muitos valores às crianças: tolerância, motivação, autoestima, educação, companheirismo, solidariedade e trabalho em equipe, atua desta forma como um meio para auxiliar o desenvolvimento das crianças e sua prática deve refletir em casa, na escola e na vida social, possibilitando que seus praticantes tenham uma vida harmoniosa com seus semelhantes. As crianças necessitam de experiências para dominar situações novas, evitando inibições, entraves no desenvolvimento e alterações degenerativas nos neurônios cerebrais.

O Judô traz benefícios para as crianças proporcionando um desenvolvimento físico, psíquico e social de forma integrada, desenvolvendo habilidades e capacidades específicas do aluno, preparando as crianças para uma convivência harmônica em seu ambiente social; estimulando o interesse pela competição sadia; desenvolvendo o educando como um todo. A prática do Judô contribui para o controle muscular, o aperfeiçoamento do reflexo, o desenvolvimento do raciocínio, o equilíbrio mental, o reforço do caráter e da moral, o fortalecimento da autoconfiança e o respeito aos companheiros.


Apesar de ser um esporte de contato, transmite e ensina muitos valores às crianças: tolerância, motivação, autoestima, educação, companheirismo, solidariedade e trabalho em equipe; Desenvolve as habilidades motoras básicas e favorece o desenvolvimento do aparelho motor, uma das regras mais importantes na hora de praticar o Judô é aprender a cair corretamente. Isso evitará muitas lesões durante as aulas e também fora delas; Desenvolve a força, coordenação, velocidade, flexibilidade e equilíbrio, faz com que haja o autoconhecimento e domínio do seu próprio corpo, desenvolvendo o seu poder de autocontrole; Promove a estimulação do pensamento tático. A velocidade do esporte obriga a criança a tomar decisões rápidas e decisivas em diferentes situações que seu oponente a coloca e vice-versa.

Um dos maiores benefícios do Judô para uma criança é a tornar mais sociável e menos tímida. O Judô auxilia àquelas crianças que são extremamente tímidas e tem dificuldade de socialização. Apesar de ser um esporte individual, existe uma grande entreajuda e muitos dos exercícios são executados sempre com um companheiro e assim a criança desenvolve muito mais esse lado social. Apesar de ser uma modalidade individual, o Judô prioriza o trabalho em grupo, a amizade e a disciplina. O Judô, neste caso, deve ser usado como um meio para desenvolver a criança, tendo como objetivo final vencer a timidez e melhorar os relacionamentos.

Outro dos benefícios trazidos pela prática de Judô é a capacidade física e motora da criança. Este esporte é composto por dezenas de técnicas e todas elas são de alguma forma diferentes. A aprendizagem destas técnicas e a tentativa de as executar o melhor possível vai aumentar a destreza da criança obviamente.

A inteligência também é algo que será bastante estimulada. Com a combinação de movimentos e estratégias, o pensamento rápido vai se desenvolver. Nesta fase de crescimento, com qualquer estimulo a criança vai ter um grande desenvolvimento da massa cinzenta e assim ficar mais inteligente e perspicaz.

A prática do Judô acarreta um aumento de responsabilidade e respeito, fazendo com que a criança fique mais paciente e aprenda a respeitar o próximo, algo que quase só acontece no Judô.

A prática de qualquer modalidade esportiva deve ter como finalidade conservar a saúde, melhorar a disciplina e formar o hábito de recrear-se com coisas sadias, fugindo da delinquência e maus costumes, a criança ainda em período de desenvolvimento ósseo, com todos os seus órgãos extremamente vulneráveis, não pode e não deve ser submetida a um treinamento que exija grande esforço físico. O ensino deste esporte não deve ser muito intensivo, nesse período a prática do trabalho físico deve conseguir da criança melhor postura corporal e desenvolver os reflexos que venham equilibrar seus impulsos naturais.
Visto sob o aspecto educativo, o Judô deve restringir-se a uma atividade bem orientada, recreativa-educacional, pois a resistência da estrutura óssea e dos músculos que quase nenhuma força possuem, é fraca e o desenvolvimento mental é lento e não muito regular.


Um grande cuidado se deve ter com a prática, não só desta modalidade, mas de todas, é com a competição precoce. O objetivo maior nesta idade é incentivar e fazer com que a criança tome gosto com atividade física e a modalidade. Por isso é importante que a mesma participe de torneios e festivais, porém os pais e professores não devem incentivar a rivalidade nem cobrar demais o desempenho de seus filhos. O incentivo dos pais e professores após a competição é mais importante que o próprio resultado.

Competitividade saudável não faz mal, mas tenha atenção para não pressionar demais a sua criança com resultados, mesmo que isso ás vezes possa acontecer sem intenção, mostre-lhe que deve ir aprendendo e que com o passar do tempo ele vai ficando cada vez melhor, mesmo que a criança fosse um gênio ela nunca irá ganhar sempre. Perder e aprender a perder e a melhorar com isso é algo que você e o instrutor de Judô devem introduzir no pensamento da criança, faça isso e com o tempo ela vai ficar competitiva, mas de forma saudável, sempre a buscar melhorar, não só no Judô, mas na vida em geral.

Um aprendizado para toda a vida, fundamentado na Psicologia do Desenvolvimento, as aulas de Judô infantil tem por objetivo melhorar a concentração das crianças, proporcionar autoestima, disciplina e saúde com total segurança. Muito mais do que apenas golpes e posições marciais, nesta modalidade se busca fortalecer a relação de amizade entre pais e filhos, formar o caráter e possibilitar que a criança atinja a adolescência com seus princípios morais já formados.
Um ambiente que estimula a tomada de decisões, o espírito em grupo e o companheirismo desde cedo. A criança de hoje, é o formador de opinião de amanhã, por isso a preocupação com sua formação global.

Se alguém empurrar você, puxe-o, se lhe puxarem, empurre-o. Nunca devemos opor resistência a uma força, sempre acompanhá-la e aprender a cair sem se machucar é o bê-a-bá desta luta. (Jigoro Kano)